Há cerca de dois meses, Thiago Diniz ganhou mais uma ferramenta de acessibilidade para facilitar a rotina. Deficiente visual, ele recebeu do banco onde trabalha um “óculos inteligente”.
O óculos de Thiago faz parte de um projeto do Banco do Brasil que, atualmente, tem dez funcionários com perda total da visão. Todos eles receberam a ferramenta, disponível 24 horas por dia, estando ou não no ambiente de trabalho .”Em casa, eu que faço a minha comida. Se tem duas latas no armário e quero saber do que são, posso usar o óculos [para ler a embalagem]”, conta Thiago.
O morador do Distrito Federal que foi diagnosticado, ainda na infância, com astigmatismo, hipermetropia e uma doença degenerativa conhecida como retinose pigmentar – uma condição capaz de causar a degeneração da retina – perdeu totalmente a visão.
Agora, com o óculos inteligente, o analista consegue até ler livros de papel. “Antes eram só os digitais”, conta. A câmera também armazena o rosto das pessoas e, com isso, quando elas passam perto do Thiago, o óculos “avisa” quem é. No entanto, o analista que trabalha com ferramentas digitais de acessibilidade do Banco do Brasil, explica que o óculos não vai substituir nenhum instrumento que ele já usa para tornar a rotina mais acessível. Principalmente quando o assunto é a cão-guia Mellie.
A golden retriever de 7 anos, está há pouco mais de 5 anos com Thiago. A cachorra também se tornou “funcionária” do banco, e acompanha Thiago em todos os ambientes.
A aquisição dos óculos foi uma iniciativa do Banco do Brasil, que, atualmente, tem dez funcionários com perda total da visão. Ao todo, a instituição tem 1.670 funcionários com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla.
Para Thiago, que trabalha no banco desde 2015, medidas como a aquisição dos óculos são de extrema importância.
“O banco sempre está buscando modos de sermos mais autônomos, mais produtivos. É muito importante para a autoestima”, diz Thiago