As atividades práticas de geografia na cultura Maker são uma tendência na educação
A prática dos conteúdos geográficos tem características de vivenciar os efeitos tecnológicos locais e dividir espaço geográfico com mais consciência e responsabilidade social”, comenta o professor Bruno Cardoso Silva. Ele dá aula de Geografia e Projeto de Vida no Colégio Católica de Brasilia e, desde 2021, ministra suas aulas partindo da uma demonstração do recurso audiovisual.
A grande cena nas aulas participativas é a inteligência artificial, nesses contextos, passa a ser um referencial por expor as criatividades, dimensão social e tecnológica de uma determinada aula e conhecimento contemporâneo que nutrem as capacidades de aprendizagem “e podemos nos reinventar na fonte promotora de educação interativa e motivadora dos educandos na investigação científica da proposta pedagógica seja ela nas aulas expositivas ou interdisciplinares”, comenta Bruno.
Como explica o professor as explicações a partir de recursos audiovisuais vão desde algo cinematográfico como trechos de filmes educativos como pano de fundo, até abordagem dos conhecimentos geográficos online em sala de aula na utilização dos chromebook, tabletes, atividades com projeção em 3 D ,QR Code, provas e trabalhos com gabaritos digitais.
Bruno conta que a ideia surgiu em 2021, dentro do Grupo UBEC a IDE agência de Inovação e novos negócios que é peça fundamental para fomentar a inovação dentro do grupo. “Neste ano iniciamos em todos os segmentos de ensino o Projeto de Cultura MAKER que nos dá aporte a todos os projetos educacionais tecnológicos que desenvolvemos dentro de nosso colégio”, conta. Os professores participam de treinamentos e são assessorados diretamente pela agência de Inovação. “Isso nos permite modificar o formato de nossas aulas e de fato aplicar nossos conteúdos por meio da aprendizagem criativa”, acrescentou.
Segundo o docente, a cada ano a escola realiza projetos educacionais visando maior enriquecimento curricular de seus alunos. “De fato o que se aprende em uma aula, a prática dos conteúdos geográficos tem características de vivenciar os efeitos tecnológicos locais e dividir espaço geográfico com mais consciência, responsabilidade social”, defende Bruno. “Nossos estudantes desenvolvem as Soft e Hard Skils, então além de aprender geografia como naturalmente eu ensinaria hoje eles também aprendem sobre pensamento computacional, desing, modelagem em 3D e Realidade Virtual”, completa.
Nas aulas, são exploradas várias maneiras de aprendizado, oportunizando para os estudantes materializar os seus conhecimentos como, por exemplo, poder modelar e imprimir um Bioma em 3D
Aluno de Bruno em 2018, Carlos Emanuel Gois Siqueira compartilha que desde então vem o acompanhando na sua trajetória. “Lembro-me que no primeiro dia de aula ele inovou no ensino de geografia, pois, primeiramente, reuniu a turma em um semicírculo, em seguida mostrou uma maquete virtual sobre as características do Brasil e seus aspectos: culturais e biológicos”, relembra. “Naquele momento, todos da sala perceberam uma diferença na abordagem do conteúdo. O ano prosseguiu e ele motivava a todos com projetos tecnológicos, como a utilização dos meios virtuais para pesquisa e iniciação de projetos”, salienta Carlos.
Ele diz ainda que Bruno foi responsável por trazer a ele, em um sentido mais pessoal, um grande interesse por geopolítica. “Suas análises, mapas mentais e virtuais, proporcionaram-me uma nova visão dessa matéria fantástica. Facilmente, eu poderia me estender para relatar as inovações, motivações e demonstrações do professor Bruno, mas me encerro por aqui”, finaliza.
Mãe de Carlos, Rita de Cássia Gois Siqueira, afirma que quando o filho dialogava com ela era possível ver o encanto do filho em aprender geografia de uma forma diferente. “Não eram aulas engessadas, eram aulas práticas, capazes de desenvolver o senso crítico, o respeito às diferenças, além de motivar todos com os projetos tecnológicos e pesquisa. Sentia que meu filho tinha mais prazer no conhecimento”, conta.
As aulas de Bruno são ministradas da educação infantil ao ensino médio, e cada projeto possui uma ferramenta tecnológica diferente, acompanhando as especificações para cada faixa etária. “Educar para uma sociedade de inovações tecnológicas é fundamental. É cuidar de uma inteligência artificial futura. É acumular na primavera para enfrentar os invernos rigorosos da vida, é pensar na riqueza de influência das emoções de descobertas e habilidades que precisam ser treinadas e respeitadas em um projeto de vida para as novas profissões do futuro: Cientista de dados, engenheiro de Software, Analista de Big Data, etc.”, defende o professor de geografia e morador de Planaltina DF.
Bruno compartilha ainda que, no ano de 2023, a ideia tende a ganhar novas estruturas. “No próximo ano, o Projeto de Cultura Maker recebe novas ferramentas tecnológicas. Estamos ansiosos para os novos treinamentos e orientações para o ano que vem”, finaliza.