Estados Unidos, Argentina e Portugal lideram as origens de passageiros que chegam; congressos, conexão com todas as capitais do país e monumentos e pontos turísticos são alguns dos motivos do aumento da atratividade da capital
O Distrito Federal recebeu 24.842 turistas estrangeiros nos primeiros cinco meses deste ano. A marca é 33,4% superior às visitas registradas no mesmo período em 2023, quando 18.622 pessoas vieram em busca dos atrativos da capital.
Os dados são da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). A empresa revelou também que os países com mais emissões de passagens para Brasília em 2024 foram Estados Unidos, Argentina, Portugal e Peru. São países que possuem voos com ligação direta ao DF, sem a necessidade de passar por outras cidades e nações.
Os motivos para o aumento são diversos, conforme explica o secretário de Turismo, Cristiano Araújo: “Nossa capital está preparada para receber turistas nacionais e internacionais, nossos monumentos, praças e pontos turísticos são muito bem-localizados e de fácil acesso. Temos um sistema de informação que abrange português, inglês e espanhol para guiar nossos turistas da melhor forma possível. Outro ponto importante de citar é que nossa capital possui voos diretos para todas as capitais do país e outras cidades do interior, totalizando 38 destinos nacionais e seis internacionais [Miami, Santiago, Buenos Aires, Cidade do Panamá, Lima e Lisboa]”.
Além desta série de fatores, o secretário de Turismo cita outros bons motivos que ajudam a explicar essa evolução nos primeiros cinco meses do ano. “Temos visto diversos shows internacionais que atraem o público de fora, além de congressos que são realizados em centros de convenções modernos, equipados e preparados para receber grandes eventos com um grande número de público”, acrescenta.
Da capital federal saem voos diretos para 38 destinos nacionais e seis internacionais
A ampliação de destinos também foi motivada por negociações entre o Governo do Distrito Federal (GDF), as embaixadas e a concessionária do aeroporto, Inframerica, junto às companhias aéreas. Uma das medidas foi a redução de 12% para 7% no ICMS incidente sobre o querosene de aviação (QAV).
O secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, destaca mais razões para esse acréscimo. “Conseguimos aumentar a quantidade de voos para Orlando e Miami e conquistamos novos voos diretos para Argentina, Peru, dois para Santiago [Chile], em breve haverá um para a Colômbia e outros tantos estão sendo negociados. A aproximação com a comunidade diplomática também tem surtido efeito quando mostramos uma cidade pujante, fazendo com que pessoas do mundo todo, que ficavam em Brasília apenas para trabalhar, tragam sua família e seus amigos para cá”, observa.
“A aproximação com a comunidade diplomática também tem surtido efeito quando mostramos uma cidade pujante, fazendo com que pessoas do mundo todo, que ficavam em Brasília apenas para trabalhar, tragam sua família e seus amigos para cá” – Paco Britto, secretário de Relações Internacionais
Toda essa movimentação tem gerado um impacto nas rotas internacionais do Aeroporto de Brasília. O terminal brasiliense fechou o ano de 2023 como o aeroporto fora do eixo Rio-São Paulo que mais movimenta passageiros para o exterior. É o terceiro do país com o maior fluxo de passageiros de voos internacionais, atrás apenas de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). Números comemorados pelo gerente de Negócios Aéreos da Inframerica, Daniel Dumaresq.
“Esse é o resultado de um trabalho realizado entre a Inframerica e as instituições de fomento ao turismo para atrair novos turistas para o Distrito Federal. O reflexo disso está sendo o aumento de voos e frequências de destinos internacionais para Brasília”, comenta.
A lista de conexões internacionais pode aumentar. O GDF, a Inframerica e as companhias aéreas negociam para trazer voos diretos para Itália, República Dominicana, Egito, Angola e África do Sul.
Ranking de principais emissores de turistas ao DF
1 – Estados Unidos
2 – Argentina
3 – Portugal
4- Peru
5 – Colômbia
6 – Equador
7 – Alemanha
8 – Espanha
9 – França
10 – Suíça
11 – Itália
12 – Venezuela.