A reforma administrativa, que será encaminhada ao Congresso, vai reduzir os salários iniciais de futuros servidores

 

Há o entendimento, dentro do governo, de que é impossível que um funcionário público ganhe, em média, 90% acima de um trabalhador da iniciativa privada exercendo as mesmas funções.

Esse detalhamento, no entanto, não será explicitado num primeiro momento, para não motivar embates maiores do que o esperado no Congresso. “Tudo será feito em etapas. Sabemos que os servidores já se prepararam para tentar tudo o que puderem no Legislativo a fim de barrarem a reforma”, afirma um técnico da equipe econômica.

Hoje, a diferença salarial entre quem está no início e quem está no final de carreira é de cerca de 10%. “Isso inviabilizar um sistema de promoções justo no serviço público. Queremos uma progressão das carreiras, de forma que apenas quem realmente mereça vá galgando postos melhores”, acrescenta o mesmo técnico.

O Ministério da Economia garante que tudo será feito de forma clara, para que haja um sistema de salário mais justo. Serão formados comitês para definir as melhores regras a serem seguidas. Também haverá brechas para cortes de salários em caso de problemas fiscais. O governo, no entanto, sabe que esse será um dos pontos de maior embate no Congresso. 

 

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