As viaturas do batalhão estão passando por uma adaptação para transportar os cães, que atuarão na equipe como um quarto homem, fazendo a guarda do militares.
As viaturas do batalhão estão passando por uma adaptação para transportar os cães, que atuarão na equipe como um quarto homem, fazendo a guarda do militares.
O período de adestramento depende da área em que o cão vai atuar. Quatro dos filhotes, que têm entre três e oito meses de idade, vão passar por um ano de treinamento para trabalhar em recapturas. Os outros quatro estão sendo preparados para buscas de drogas, armas e munição. “O tempo de treinamento desses animais é menor. A partir de sete meses eles já atuam junto às equipes”, explica o comandante do BPCães, major Carlos Reis.
Os cachorros da captura são treinados para reconhecer cheiros específicos. Depois, no trabalho, são colocados em contato com objetos pessoais de quem está sendo procurado, sejam foragidos ou pessoas desaparecidas. Ao reconhecer o odor semelhante, o cão aponta na direção de onde a pessoa pode estar.
Já os cães de busca, são treinados com as chamadas “caixas de odores”, que trazem entorpecentes, armas e munição. Eles entendem que, ao encontrar os cheiros, recebem a recompensa, que no caso são os brinquedos que mais gostam.
Os treinos são diários e os cães aprendem a agir em diferentes tipos de piso, como cascalho, lama, pisos de shopping e de metal, como em metrôs. Aprendem também a se comportar em ambientes públicos, com diferentes tipos de barulho e estímulos e a socializar. O grau de dificuldade aumenta de acordo com a maturidade do filhote.
Os animais costumam se aposentar após oito anos de trabalho e são monitorados diariamente por uma equipe veterinária.
Atualmente, 45 cães atuam no batalhão. As raças são Pastor Belga de Malinois, Labrador e Rottweiler e 60% dos animais exerce dupla função no policiamento ostensivo/choque e na detecção de substâncias. Neste ano, de janeiro a setembro, eles atuaram em 625 chamadas da Polícia Militar e da Polícia Civil.