Mais de 500 mil pessoas precisam tomar a primeira, a segunda ou a dose de reforço
O período de festas de fim de ano, com confraternizações, viagens e encontros familiares, poderá ser mais seguro no Distrito Federal caso os brasilienses façam sua parte e completem o ciclo de vacinação contra a covid-19. Para isso, a Secretaria de Saúde aposta nas ações do Dia D, marcado para este sábado (20). Das 9h às 17h, equipes vão trabalhar em 28 locais públicos e unidades de saúde para vacinar o maior número possível de pessoas.
“O enfrentamento à pandemia está diretamente relacionado ao desempenho da nossa campanha de vacinação. A grande estratégia é a vacinação, seja ela de que marca for”
Fernando Erick Damasceno, secretário-adjunto de Assistência à Saúde
Os detalhes, bem como os pontos de vacinação que funcionarão nesse dia, foram apresentados nesta quinta-feira (18) durante coletiva de imprensa. De acordo com o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, já há planejamentos para um eventual impacto do período de festas nos índices de covid-19 no DF.
A Secretaria de Saúde acompanha diariamente os índices locais e também a evolução da pandemia em outras partes do mundo, como Ásia e Europa, onde tem havido um aumento de casos. Porém, a situação pode permanecer positiva aqui caso a imunização continue a avançar.
Mais de 500 mil precisam se vacinar
Até o momento, mais de 4,3 milhões de doses foram aplicadas no DF. O ritmo permanece elevado, com média superior a 13 mil por dia: foram 92,6 mil só na última semana. Porém, segundo a Secretaria de Saúde, até hoje, cerca de 254 mil pessoas acima dos 12 anos de idade não tomaram a primeira dose e outras 300 mil podem receber a segunda dose, mas ainda não procuraram uma unidade de saúde.
No Dia D também haverá a aplicação de dose de reforço para idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde que receberam a segunda dose há pelo menos seis meses. Imunossuprimidos graves que tomaram a segunda dose há pelo menos 28 dias também serão contemplados. Quem estiver com a segunda dose fora do prazo também poderá comparecer.
O secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, aproveitou a coletiva para convocar toda a sociedade, incluindo a imprensa, para que o Dia D seja marcado por um elevado número de vacinas aplicadas e pelo maior esclarecimento da população.
“Todos nós temos o objetivo de ampliar a cobertura vacinal”, afirmou. Segundo o gestor, hoje, 88% da população acima dos 12 anos de idade já tomaram a primeira dose e 72,23% receberam a segunda dose ou dose única. Porém, é necessário ampliar esses índices para aumentar a proteção contra a pandemia.
“Se conseguirmos trazer os jovens para a segunda dose, a gente pode chegar ao fim do ano com quase 80% de cobertura” – Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde
Prazo para a segunda dose
De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, é fundamental que cada pessoa observe o prazo para a sua segunda dose: 28 dias (quatro semanas) após a primeira, no caso da CoronaVac; e de 56 dias (oito semanas) para as marcas AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech, independentemente da data prevista no cartão.
Nesta quinta (18), por exemplo, puderam tomar a segunda dose quem recebeu a CoronaVac em 21 de outubro e quem tomou a AstraZeneca ou Pfizer em 23 de setembro. É o caso dos adolescentes de 13 anos de idade que tomaram a primeira dose a partir de 21 de setembro.
Divino Valero lembrou que a Secretaria de Saúde disponibiliza diariamente locais para vacinação: “Não deu para ir no sábado? Vá na segunda, vá na terça. Mas vá”
“Não deu para ir no sábado? Vá na segunda, vá na terça. Mas vá”, disse. A vacinação com a segunda dose pode ocorrer mesmo que a pessoa tenha perdido o prazo. A lista de locais de vacinação é diariamente atualizada no site da Secretaria de Saúde.
Retomada de serviços de saúde
O aumento do número de pessoas vacinadas, a queda da ocupação dos leitos (hoje em 54,55% para leitos de UTI Covid e 11% para leitos de suporte ventilatório) e a manutenção do índice de transmissão da doença abaixo de 1 (hoje em 0,70, o que indica desaceleração do número de contaminados) permitem que a Secretaria de Saúde reavalie o atendimento à população.
“A gente tem a possibilidade de avançar em outras áreas que ficaram prejudicadas com a pandemia”, disse, na coletiva, o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno.
Cirurgias eletivas e áreas como odontologia devem receber maior atenção à medida que a covid-19 faz menos pressão sobre a rede de saúde pública. Outro desafio, enfrentado em todo o mundo, é reaproximar pacientes que se afastaram durante o período de restrições de atendimento. “A população ficou distante dos serviços de saúde e descontinuou tratamentos”, explicou Fernando Erick.
O secretário de Saúde ressaltou os processos de aquisição de insumos para a rede pública e reforçou que o fechamento dos hospitais de campanha acontece com cautela, de acordo com a situação da covid-19 no DF. “Continuamos fazendo as análises, para, se for o caso, mudar a estratégia”, afirmou.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF