No Cruzeiro Velho, são 30 armadilhas, chamadas ovitrampas, que passam por aproximadamente 120 inspeções por mês. Já no Lago Sul, 127 desses equipamentos recebem cerca de 500 inspeções mensais | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Uma das estratégias adotadas pelas equipes da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) para diminuir a incidência de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti é justamente a armadilha de ovitrampa, que simula o ambiente perfeito para a procriação do inseto, do qual são capturados os ovos para impedir o seu desenvolvimento. Os números de capturas deste ano já superam os de 2022, quando as armadilhas registraram 9.116 ovos depositados.
“Ao todo, temos 30 armadilhas distribuídas em pontos estratégicos do Cruzeiro Velho. A gente seleciona as áreas mais críticas para colocar armadilha, que são as quadras 4, 7 e 10”, explica a chefe do Núcleo Regional de Vigilância Ambiental Sul, Sandra Silva. “Essas áreas sempre estavam no vermelho e, desde que instalamos as armadilhas, há um ano, estão no verde, sem casos.”
Manutenção
Nesta quinta-feira (3), os técnicos efetuaram a manutenção das armadilhas, que deve ser feita semanalmente. “Essas áreas sempre estavam no vermelho e, desde que instalamos as armadilhas, há um ano, estão no verde, sem casos”. Informa a chefe do Núcleo Regional de Vigilância Ambiental Sul, Sandra Silva. Os equipamentos foram posicionados, há um ano, tanto em estabelecimentos privados, como casas e comércios, quanto em áreas públicas. No Cruzeiro Velho, 30 armadilhas passam por aproximadamente 120 inspeções por mês. Já no Lago Sul, são 127 armadilhas que recebem cerca de 500 inspeções mensais.
A primeira parada foi em uma borracharia no Cruzeiro. O local precisa de maior atenção por ser um ambiente propício à proliferação do mosquito, devido à alta quantidade de pneus parados. A inspeção por lá é feita toda semana e, em um ponto estratégico, conta com uma armadilha ovitrampa.
“Eu nunca peguei dengue, mas, toda semana, eles [os técnicos] vêm aqui. Já tem anos que os recebo aqui na borracharia. Eles nos acompanham e dão todo o apoio necessário. Eu acho ótimo ter essa armadilha, porque nos deixa em alerta sobre o momento que o mosquito está aqui por perto”, defende o dono da loja, Wagner Carvalho, 62 anos.
Na casa da Marilene Soares Nascimento, 74, moradora na Quadra 4 do Cruzeiro Velho, também há uma armadilha, instalada estrategicamente no meio da horta. Ela avalia que é uma boa iniciativa para frear os casos de dengue na região.
“Estou sempre de portas abertas. Até quando viajo, eu deixo a armadilha em um local que eles consigam acessar para fazer a manutenção. Eu acho legal ter essa armadilha aqui; é importante ter esse controle, até porque aqui tem muita planta e árvores lá fora”, afirma a dona de casa.