Colônias de férias adaptaram atividades, rotinas e pacotes para garantir a segurança das crianças no recesso escolar. Para as famílias, momentos de lazer são alternativas de relaxamento

 

Depois de quase um ano dentro de casa por conta da pandemia de covid-19, pais buscam locais com atividades seguras para o recesso de janeiro. As colônias de férias precisaram se adaptar ao contexto de cuidados com o novo coronavírus. O número de participantes nas atividades foi reduzido e os protocolos sanitários atualizados para evitar contágios.

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Suspensão

Algumas colônias de férias decidiram por não abrir turmas, por enquanto, neste ano. É o caso do Teatro Mapati, na Asa Norte, que realizaria a 58ª edição neste semestre. “Este ano ainda demanda cuidado e é necessário recuar, com consciência, nas atividades, para pensar na vida”, reflete Tereza Padilha, fundadora do teatro. “Muitos pais me procuraram querendo inscrever os filhos. E, apesar de o teatro estar precisando muito de trabalho e de dinheiro, optei por não fazer agora. Só quando houver a vacina”, completa. Fundado em 1991, o Teatro Mapati completa 30 anos em 2021. “Queremos comemorar com saúde, mas, por enquanto, não tenho como oferecer a colônia de férias”, afirma Tereza.

A Pine Tree Farm, espaço no Jardim Botânico que oferece atividades em contato com a natureza em inglês e português, mudou totalmente o modelo de recreação deste início de ano, atendendo às preocupações dos pais com relação à pandemia. “Não estava sendo possível planejar nem organizar a colônia de férias. Por isso, optamos por não fazer, mas oferecer alternativas. Seria a nossa 7ª temporada”, afirma o responsável pelo espaço, Guilherme Hundley. Se antes o local recebia 100 crianças, em média, em um período de três semanas, hoje há apenas doze inscritas.

“Estamos trabalhando com pequenos grupos, de até três crianças, com horário marcado. Temos um espaço ao ar livre grande, onde é possível manter isolados até seis grupos simultâneos”, explica Guilherme. As atividades têm funcionado em sistema de rodízio. “Quando um grupo de crianças se desloca para a pesca, por exemplo, o monitor passa um rádio e o local é higienizado. Quando o grupo sai, outra equipe limpa para receber o próximo grupo infantil”, detalha.

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Proteja seu filho

Confira as orientações para manter a segurança das crianças nas atividades coletivas:

As crianças precisam de cuidados maiores com relação ao compartilhamento de objetos. Elas confundem e trocam com frequência utensílios como garrafas e copos, então a atenção precisa ser redobrada, tanto para os pequenos quanto para as crianças maiores.

Máscara e higiene
Quem estiver cuidando, precisará ensiná-las e lembrá-las de lavar e higienizar bem as mãos. O uso de máscaras em crianças pequenas pode ser complicado. Elas não entendem, pegam com as mãos, ficam incomodadas. A partir de 12 anos, a orientação é mais fácil. Além da máscara, é preciso orientar sobre os cuidados em ambientes fechados.

Ao ar livre
Pais e monitores devem preferir atividades ao ar livre. E, mesmo nessas áreas externas, evitar aglomerações e manter distância entre as crianças. As atividades aquáticas são uma opção interessante neste momento, já que o cloro da piscina mata o vírus.

Monitoramento
Os monitores precisam trabalhar mais. Além da fiscalização, cuidado e carinho, também precisam manter distanciamento e ficar atentos aos sintomas, sem descuidar da higiene e das máscaras. Eles precisam ser o modelo para as crianças e repassar os cuidados para elas. O exemplo é o melhor método.

Os pais precisam prestar atenção em com quem a criança mantém contato em casa. Os mais vulneráveis, aqueles com comorbidades e os mais velhos, devem manter distância quando a criança chegar, mesmo dentro de casa, sem muitos abraços, beijos nem toques.

Sintomas
Se for notada alguma alteração na saúde, percebido algum sintoma ou se a criança tiver contato com alguém cujo exame deu positivo para o novo coronavírus, é importante que ela seja afastada das atividades e faça quarentena de, pelo menos, 10 dias.

 

Fonte: Joana Darc Gonçalves, médica infectologista