Convênio firmado entre os poderes e Adasa prevê ações de preservação e conservação da bacia, com investimentos de R$ 2 milhões


Parceria entre a Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa) e o Ministério do Desenvolvimento Regional foi firmada para promover a preservação ambiental da região que abriga o reservatório do Descoberto, responsável pelo abastecimento de 60% da população da cidade.

A bacia, localizada próxima a Brazlândia, é a maior potência agrícola do Distrito Federal e o novo projeto quer transformá-la em referência na produção de água e alimentos. A iniciativa consta de três ações básicas, entre elas o convênio para desenvolver o projeto Produtor de Água.

O valor do termo firmado no dia 31 de dezembro de 2021 é de R$ 2 milhões. O diretor de Políticas para o Desenvolvimento Rural da Seagri, Mac Leonardo Souto, informou que as ações terão início em julho. No entanto, a parte técnica do projeto já está em andamento.

 

“O convênio demonstra a importância e necessidade de ações integradas entre os diversos governos, independentemente das esferas de competência”, disse o Diretor-Presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro Neto.

 

O Produtor de Água no Descoberto (PPAD) tem como missão gerar impacto positivo em grande escala para garantir a preservação e a conservação da bacia e a segurança hídrica, mantendo a vocação rural da região. Com a ajuda de uma escavadeira hidráulica será feita a manutenção e a construção de pequenas barragens, conhecidas como barraginhas.

As barraginhas fazem com que as águas das chuvas sejam direcionadas para o subsolo e recarreguem o lençol freático, voltando aos rios. Além do armazenamento de água para o extenso período de seca, a ação impede o escoamento superficial, que causa a erosão.

Outra ação ambiental importante no projeto de preservação do Descoberto é a elaboração Projetos Individuais de Propriedade (PIP), que consiste no uso de técnicas que têm como objetivo fazer um diagnóstico dos imóveis rurais e propor a melhor forma de manejo, aliando preservação e produção. “Assim podemos propor aos produtores cuidados que devem ser tomados para o uso correto do solo e preservação”, explicou Mac. O PIP está sendo realizado em 40 propriedades rurais da região.

Por fim, também faz parte do projeto a recomposição de áreas degradadas da região. Com a ajuda dos diagnósticos do PIP será feito o plantio de 40 mil mudas de árvores típicas da região do cerrado. O objetivo do projeto é minimizar os impactos gerados pelo uso e ocupação desordenada dos solos, problemas com a erosão e recomposição e proteção de Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal.

* Com informações do SLU