Especialista Michelle Heringer, destaca o impacto negativo da discriminação no ambiente profissional e a importância de políticas inclusivas
No primeiro semestre de 2024, o Disque 100, canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos, registrou um aumento de mais de 80% nas denúncias contra intolerância religiosa no Brasil, em comparação com o mesmo período de 2023, segundo o próprio Ministério. Enquanto no ano passado foram reportadas 681 queixas, este ano o número saltou para 1.227 casos.
Um dos ambientes onde esse tipo de discriminação se faz mais presente é o local de trabalho. Comentários depreciativos, restrições ao uso de símbolos religiosos e exclusão de oportunidades por causa da fé são algumas formas de discriminação que podem criar um clima hostil e prejudicar as relações profissionais.
Para a advogada especialista em assédio no trabalho, Michelle Heringer, essa situação representa uma afronta não apenas à ética, mas também à legislação brasileira. “A intolerância religiosa no ambiente de trabalho afeta diretamente a convivência, a produtividade e o bem-estar dos colaboradores. Tais práticas desrespeitam direitos fundamentais garantidos pela Constituição e enfraquecem o senso de coletividade nas organizações”, destaca.
A especialista aponta que o combate a esse tipo de discriminação exige ações concretas das empresas, incluindo políticas antidiscriminatórias, treinamentos para conscientizar equipes e a promoção de um diálogo aberto entre os profissionais. “As lideranças têm um papel fundamental em criar um ambiente de respeito e inclusão, onde diferentes crenças possam coexistir em harmonia. Isso não só reduz conflitos, mas também fortalece a cultura organizacional, valorizando a pluralidade e construindo equipes mais engajadas e unidas”, conclui.
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