O valor do ticket médio registrado entre os consumidores também cresceu. Passou de R$ 211,23 para R$ 227,98, com reajuste de 7,9% na comparação com a última edição da data.
Segundo o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, os sucessivos resultados positivos das pesquisas de intenção de compra mostram que a economia do Distrito Federal está aquecida. “Lojistas e consumidores otimistas com as vendas para o Dias dos Namorados colocam a economia distrital em novo patamar e consolida a retomada da economia”, analisa.
No lugar dos tradicionais buquês e caixas de chocolates, a preferência dos brasilienses aponta as roupas/acessórios (25,8%); cosméticos/perfumes (18,4%) e calçados/acessórios (17,6%) como os itens mais visados para presentear. Na sequência, flores (10,3%); eletrônicos (7,6%); chocolates/trufas (6,4%); café da manhã (5,6%); produtos culturais (4,4%) e livros (3,9%).
Os shoppings (29,8%) e lojas de rua/bairro (27,3%) serão os meios mais utilizados para as compras. Em menor proporção, consumidores também comprarão através da internet (18,7%) ou visitarão feiras (12,4%); supermercados (5,6%) e lojas de departamento (6,2%) para escolher o presente.
O gênero masculino é o mais disposto a gastar na data, atingindo R$ 272,28 de ticket médio. À distância de quase R$ 100, o ticket médio feminino será de R$176,35.
As compras no crédito serão mais comuns, com 42,8%; seguidas por débito (23,3%) e dinheiro (17,4%), os dois últimos somando 40,7%. Ou seja, quase metade prefere quitar as dívidas imediatamente. Além disso, 16,5% devem usar o Pix/Transferência como forma de pagamento.
A maioria dos consumidores pretende fazer as compras do Dia dos Namorados no período da tarde (56%); seguido pela noite (29,6%) e manhã (14,4%). No quesito dia, o preferido será o sábado, com 40,8% das intenções.
O preço alto preocupa 50% dos clientes, que afirmaram ser motivo para não indicar algum estabelecimento. Em contrapartida, 52% recomendarão as lojas que oferecerem promoções/descontos.
Dos 35,5% que não tem intenção de presentear, 53,9% apontam que não têm a quem dar lembranças durante a data. Na sequência, o desemprego (21,1%) e dificuldade financeira (20%) estão entre as principais justificativas.
Lojistas
Apesar da expectativa de crescimento de 22,7% nas vendas no comércio, em comparação ao realizado no ano passado, o índice de 64% dos empresários que acredita em vendas melhores durante o Dia dos Namorados de 2023 representa um declive na série histórica.
Da mesma forma, a perspectiva dos lojistas sobre o valor médio das compras diminuiu. Segundo o levantamento, o esperado é R$ 157,25 por pessoa, registrando uma queda de, aproximadamente, -41% em relação ao valor de 2022, medido em R$ 268,92.
No que diz respeito aos preços, 91,3% pretendem manter os valores dos seus produtos e 8,7% irão aumentar sob pretexto do repasse de fornecedores. Nenhum dos empresários entrevistados manifestou que irá diminuir os preços dos seus produtos/serviços.
A maioria (76%) vai utilizar alguma estratégia para alavancar as vendas, destacando-se a diversidade de produtos (24,1%); vitrine temática (19,3%); divulgação com propagandas e promoção, (ambos com 18,3%) como as estratégias a serem mais adotadas.
Metodologia
Os dados da pesquisa foram coletados entre os dias 11 de abril e 10 de maio de 2023. A abordagem dos consumidores se deu de forma aleatória, em diferentes pontos de circulação, com amostra de 507 respondentes.
Já a abordagem dos lojistas compreendeu uma amostra de 400 empresas de diferentes segmentos, concentradas em várias regiões do Distrito Federal.
Páscoa supera expectativas
Segundo a pesquisa de pós-vendas de Páscoa no Comércio Varejista do DF, as vendas no comércio durante a Páscoa foram 19,22% maiores que no ano passado. O índice superou a expectativa medida na pesquisa de intenção de compra, que previu aumento de 18%.
O valor médio dos presentes, em relação à estimativa dos lojistas antes da data, também foi 6,67% maior – passou de R$ 134,61, na pesquisa antes da data, para R$ 144 no pós-data.
Ainda segundo o IF, 92,5% dos lojistas tiveram suas expectativas atendidas. Mais da metade dos entrevistados (55,86%) confirmou que o faturamento foi melhor que o esperado; 41,15% venderam o esperado e apenas 2,99% apontaram um desempenho menor que o esperado.
Nos marcadores de ticket médio realizado, o destaque positivo ficou por conta do segmento de organização de festas (R$ 750), seguido por joalheria (R$ 263) e eletroeletrônico (R$ 259) no topo do ranking. A maior parte dos lojistas apostou em estratégias de vendas durante a Páscoa e, posteriormente, confirmou a eficácia dos recursos.
