A partir do acervo catalogado será desenvolvida a exposição “Vida e Luta de Álvaro Tukano”, que ficará aberta para visitação gratuita durante 15 dias na casa Bahsákewii
A fim de preservar e difundir informações sobre a coleção reunida ao longo dos 40 anos de Álvaro Tukano pela luta pelos direitos dos povos indígenas, profissionais do DF se debruçam sobre um vasto material do líder político, abordando temas da cultura e da luta indígena na América Latina. É o projeto “Memórias Indígenas das Etnias da América Latina”.
Com o foco de abraçar interessados em realizar intercâmbios culturais com os povos indígenas, uma equipe do DF está imersa no acervo de Álvaro Tukano, importante pesquisador e ativista na luta dos povos indígenas do Brasil. Além de pesquisar e investigar o acervo dele, a equipe elabora um espaço virtual para fruição dos itens inventariados para que pessoas e comunidades interessadas na promoção e fortalecimento da cultura indígena possam ter acesso a esse material.
A ideia é integrar as diferentes etnias indígenas das Américas e do mundo, fortalecendo seus laços de solidariedade e consolidando uma rede de difusão e perpetuação cultural de práticas ancestrais, possibilitando material de investigação para pesquisadores, estudantes da rede de ensino fundamental, médio e acadêmicos indígenas e não indígenas.
A partir do acervo catalogado será desenvolvida a exposição “Vida e Luta de Álvaro Tukano”, que ficará aberta para visitação gratuita durante 15 dias na casa Bahsákewii. A exposição contará com palestra de Tukano, além de duas rodas de conversa, previstas para serem realizadas na casa Bahsákewii e na maloca da Universidade de Brasília, destinada a comunidade acadêmica e sociedade em geral.
Tukano, juntamente com outros líderes indígenas, ajudou na demarcação dos territórios indígenas do Alto Rio Negro. Atualmente, mora em Brasília com sua família na casa de cultura Indigena Bahsakewii, localizada na região do Noroeste – um território de resistência que luta pela regulamentação da terra em meio a especulação imobiliária da capital.
Dentre os nomes da equipe, estão a diretora geral Desiree Calvis e a museóloga Letícia Amarante. As profissionais, conhecidas no DF pelo relevante trabalho que tiveram no inventário e pesquisa do acervo histórico de Dulcina de Moraes, foram premiadas em 2023 com o Prêmio José Aparecido de Oliveira, que reconheceu importantes iniciativas que auxiliam na manutenção do patrimônio artístico de Brasília. Agora, no acervo de Álvaro Tukano, os desafios continuam.
“Trabalhar nesse projeto é uma honra. Há a confiança da família e isso é importante. Álvaro dedicou a vida dele em busca de direitos dos povos indígenas. A partir dessa luta a gente entende a importância do acervo existente. É quase uma necessidade de se publicar informações sobre esse acervo. A gente quer mostrar a potência desse material. Faço esse trabalho com muito orgulho, respeitando os saberes e não o capital”, comenta a museóloga e diretora geral do projeto, Desiree Calvis.
A documentação do acervo visa, além da conservação, realizar a disponibilidade para consulta e usufruto de público externo. Um acervo que preserva as memórias indígenas das etnias da América Latina através da memória viva de Álvaro Tukano, um líder que se dispõe a compartilhar todo esse conhecimento em vida.
A exposição será do dia 21 de outubro ao dia 04 de novembro. Acompanhe mais informações pelo instagram https://www.instagram.com/bahsakewii/
FICHA TÉCNICA
Direção Geral: Desiree Calvis
Produção Executiva: Naiara Tukano
Museóloga: Letícia Amarante Cardoso
Pesquisador: Álvaro Sampaio Tukano
Produtor de Imagem (Audiovisual): Lyanna Soares
Coordenação de produção: Luvan Prado Sampaio
Assistente de produção: Álvaro César Sampaio, Hellen Paru’una Kariú, Igor Moreira Baldez Silva
Produção de Texto: Hellen Paru’una Kariú
Intérprete de Libras: Thais Lobeu
Designer: Giovanna Calvoso
Mídias Sociais: Lunares Ayla
Assessoria de Imprensa: Josuel Junior
Intérprete de Libras: Thais Lobeu