O espaço inaugurado pela Secretaria da Agricultura do Distrito Federal na Granja Modelo do Ipê possibilita um sistema de trocas com o produtor


A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri) inaugurou na Granja Modelo do Ipê, situada no SMPW Quadra 8, Conjunto 3, Park Way, seu novo Banco de Sementes Comunitário. O local agora deixa de ser fechado e interno para ser aberto e interativo com o produtor. Ele funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

 

“Se o produtor pegar 1 kg de sementes, ele vai levar ao campo, fazer sua produção e depois voltar e devolver 2 kg dessa semente. Com isso, o banco estará sempre renovando e podendo atender cada vez mais um público maior” – Athaualpa Costa, analista de Planejamento Urbano da Seagri-DF

 

Para ter acesso à programação do sistema de troca de sementes, o produtor deve se cadastrar na Granja Modelo do Ipê, da Seagri, por meio do telefone (61) 3380-3112 ou do e-mail getec@seagri.df.gov.br.

A principal novidade do Banco Comunitário é a possibilidade da troca de sementes entre a granja e o produtor. “Se o produtor pegar 1 kg de sementes, ele vai levar ao campo, fazer sua produção e depois voltar e devolver 2 kg dessa semente. Com isso, o banco estará sempre renovando e podendo atender cada vez mais um público maior”, explica o analista de Planejamento Urbano da Seagri Athaualpa Costa.

Além de proporcionar uma melhor interação com os produtores, o analista destaca que o Banco Comunitário contará com uma grande diversidade de sementes. “Todo mundo ganha, pois o produtor tem acesso constante às sementes florestais, que são a nossa especialidade. A partir de agora também teremos as sementes de espécies agrícolas, principalmente sementes crioulas, de adubação verde e Pancs [Plantas Alimentícias não Convencionais]”, completa Costa.

O banco possui atualmente cerca de 40 espécies diferentes e está em processo de estruturação com novas variedades para poder atender aos produtores também nos sistemas agroflorestais.

Inauguração

A inauguração foi realizada na semana passada durante o II Encontro de Agrofloresta do DF e Entorno, evento que buscou apresentar tecnologias, informações e possibilidades relevantes para o desenvolvimento da agrofloresta dentro do Programa Reflorestar. O Reflorestar fornece mudas nativas do cerrado para recuperação e proteção dos recursos hídricos e a conservação do solo de áreas de preservação permanente (APP) e recomposição de reserva legal (RL).

Um dos beneficiários do dia foi Fernando Alves, produtor rural do Gama, que recebeu 220 mudas de espécies variadas, todas do bioma cerrado. “Essa diversidade é extremamente importante para que possamos efetivamente dar vida e reestabelecer a vegetação nativa que outrora já existiu lá, pois práticas irresponsáveis acabaram degradando demais o ambiente”, afirma.

Os produtores também podem ter acesso ao programa solicitando vistoria na propriedade e doação de mudas diretamente à Seagri ou nos escritórios regionais da Emater-DF, parceira da iniciativa.

*Com informações da Secretaria da Agricultura